quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ronaldo!

Primeiramente vamos ao pano de fundo do momento em que decidi postar. Estava lendo um artigo sobre a evolução da guerra de quarta geração ( 4GW) de um coronel do corpo de fuzileiros navais dos EUA. Basicamente guerras da Quarta Geração utilizam todas as redes à disposição ― políticas, econômicas, sociais e, logicamente, militares ― para convencer os líderes inimigos responsáveis pelas decisões políticas de que seus objetivos são inalcançáveis ou de um custo muito grande quando comparados aos benefícios advindos do conflito. A própria AL-Qaeda afirmou que se utilizava da 4GW contra os EUA e que esperavam vencer. A informação é o principal meio pelo qual a opinião de alguém pode ser mudada, sendo um elemento-chave em qualquer estratégia de 4GW. Insurgentes eficazes desenvolvem planos ao redor de uma campanha de comunicações estratégicas elaborada com o objetivo de alterar a visão que seus inimigos (e quem elege esses inimigos) têm do mundo. No final das contas, a mídia, os meios de comunicações e a sociedade irão exercer pressão sobre os líderes de Estados, funcionando como armas dentro de um jogo. Quem quiser saber mais entre aqui. De repente me veio algo à cabeça. Ronaldo! Sim...isso mesmo. Explico. Olha o tamanho da influência que a mídia tem sobre nós, nos tornando peças de um jogo de xadrez sobre uma terra tão distante , com valores e motivos fora de nossa realidade. Mas não é apenas nessa escala não. Olhe nosso comportamento. Michael Jackson morre e de repente toda a sua discografia é baixada na rede. Todo mundo escuta michael jackson esses dias. Um programa de televisão produz uma piada e esta passa a ser reproduzida em larga escala. Nada contra o programa. A globalização serve pra isso mesmo, encurtar distâncias. O problema ocorre quando as diferenças também são encurtadas. As diferenças devem ser respeitadas, compreendidas e não encurtadas. Minha reclamação cai sobre um processo que eu percebi dentro do centro academico (CA) da curso na universidade e que percebo se massificando na sociedade. No meu CA, todo mundo que o frequentava, aqueles que não saiam de lá, falava igual. Mesmas gírias, mesmos trejeitos até as mesmas piadas. Isso me enjoou e acabei deixando de frequentar o CA com a mesma intensidade. Mas eu percebo isso todo dia. Emos, muleques com a camisa do Che Guevara (e nem sabem direito o que o cara fez), ou camisas pretas do metalica, piercings e por aí vai. De novo...nada contra nenhum desses itens. O que eu questiono é o seguinte: será que essas escolhas surgiram espontaneamente na cabeça dessas pessoas, ou é efeito de uma chuva de informação, moda, tendências que acabam sendo impostas como uma "carteirinha-do-clube", um meio de inclusão social, ou uma busca de auto-afirmação. Isso seria fruto de originalidade ou apenas o resultado de um mercado fazendo lavagem cerebral nos consumidores? Cara, até lésbicas são mais numerosas entre as adolescentes. Me pergunto se realmente é uma preferência sexual ou social. Porque afinal, é moda assumir que você é gay, certo? Nesse "viva o liberalismo" sempre se acha uma forma de ganhar dinheiro e sempre se têm os perdidos e sem personalidade (muitas vezes até pela falta de idade). Ronaldo! Já me cansei de ver essa piada, já me cansei de ver tanta gente comprando porqueira vinda das Índias, camisetas com estampas de coisas do hinduismo... Somos um grande cardume, todo mundo nadando pro mesmo lado, uniformemente, no mesmo ritmo e da mesma cor. Se isso é um processo natural por conta dos avanços tecnológicos eu não sei, pode até ser...mas eu acho que é uma coisa manipulada, empurrada, que agente engole e nem percebe...desde de pequenos somos programados a receber o que eles nos mandam pelos enlatados de 9 às 6... Acho que cabe cada um refletir sobre o que faz e o porque de fazer as coisas...isso vem de dentro? Vem de fora? Cada um é cada um...e não é assim que tem que ser?
Ronaldo!

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